Tumor>TOP 5> Traqueia, Brônquios e Pulmão>Epidemiologia

Anualmente há cerca de 3000 novos casos de tumor maligno do pulmão diagnosticados em Portugal.

No período 2000 e 2001, na região do ROR-Sul, os tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão foram os segundo e nono mais frequentes nos homens e mulheres, respectivamente. Estes tumores representam cerca de 11% e 3% dos tumores malignos diagnosticados respectivamente no sexo masculino e feminino. 

O carcinoma do pulmão é cinco vezes mais frequente nos indivíduos do sexo masculino e a sua incidência aumenta com a idade, ocorrendo ¾ dos casos depois dos 60 anos. Ver gráfico no anexo 1.

Considerando as taxas de incidência da Região Sul de Portugal e comparando-as com as de outros países da Europa, verifica-se que esta região apresenta uma das mais baixas  taxas de incidência, em ambos os sexos. Ver gráfico no anexo 2.

Na mortalidade, estes tumores são responsáveis por cerca de 19% e 6% dos óbitos por tumores malignos, respectivamente no homem e na mulher.

O factor de risco mais importante no desenvolvimento deste tumor  é o fumo do cigarro, sendo o risco de ocorrência de cancro do pulmão em fumadores, 30 vezes superior ao dos não fumadores (risco relativo). O risco relativo nos fumadores de charutos e cachimbo é consideravelmente menor.

O risco de cancro do pulmão nos fumadores está relacionado com o número de cigarros  fumado por dia, idade de inicio e duração do hábito de fumar.

O fumador passivo tem também um risco aumentado de vir a ter cancro do pulmão.

Após cessação tabágica o indivíduo vai diminuindo o risco de desenvolver cancro do pulmão, aproximando-se este do dos não fumadores, ao fim de 15 anos (se fumou menos que 20 anos).

Outros factores de risco compreendem exposições aos asbestos (efeito multiplicativo em fumadores) e ao radão.

História pessoal de cancro do pulmão, ou de outras patologias pulmonares como a tuberculose, aumentam a probabilidade de vir a ter cancro do pulmão.