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Rastreio
é a identificação presumível de doença ou defeito não anteriormente conhecido, pela utilização de testes ou exames que podem ser aplicados rapidamente, numa população presumivelmente sã. Os testes de rastreio permitem identificar/rastrear alguns indivíduos que provavelmente têm uma doença de entre aqueles que a não têm. Estes testes não têm por fim o diagnóstico mas apenas identificar os suspeitos de uma dada doença, defeito ou outra condição.
Registo
em epidemiologia, o termo é aplicado ao ficheiro de dados respeitantes a todos os casos de uma determinada doença ou condição relevante para a saúde numa população bem definida. Se os casos registados forem seguidos regularmente, poderão calcular-se valores respeitantes a curas, exacerbações, prevalência ou sobrevivência. No caso específico dos Registos Oncológicos, recolhe-se informação clínica de todos os casos de cancro tão cedo quanto possível após o seu diagnóstico.
Resultados
decorrentes da exposição a um factor causal, ou de qualquer intervenção terapêutica, ou preventiva; todas as mudanças identificáveis do estado de saúde resultantes de intervenção(ões) sobre um problema de saúde.
Sobrevivência
é a proporção de doentes vivos em determinado momento, após ter sido diagnosticada uma dada doença.
Tábua de mortalidade
é um modelo de análise estatística que através de um conjunto de funções básicas permite medir o fenómeno de mortalidade de uma população e deduzir a correspondente vida média. A principal aplicação das tábuas de mortalidade encontra-se, no domínio das projecções de população residente para determinar as probabilidades de sobrevivência. (in www.ine.pt)
Taxa de incidência
mede a ocorrência de novos casos de uma doença, NC, numa população bem definida, POP, durante um período de tempo. A fórmula utilizada para seu cálculo é a seguinte:

Sob a forma de percentagem (n=2), costuma designar-se taxa de ataque e ser utilizada no estudo de surtos ou epidemias circunscritos a populações fechadas (sem migrações) e durante períodos de tempo geralmente curtos; sob a forma de permilagem (n=3), 100 000 ou 1 milhão de habitantes (n=5 ou n=6) se o fenómeno for raro, ou pouco frequente em grandes populações “dinâmicas” (de países, distritos, ou concelhos).
Taxa de incidência específica
mede a ocorrência de novos casos, de uma doença, por idade (ou grupos de idades), numa população bem definida, durante um período de tempo. As taxas de incidência específicas para a doença d, na região geográfica r, sexo s e idade i
são calculadas pela seguinte fórmula:

onde
representa o número de novos casos diagnosticados com doença d, na região r, no sexo s e idade (ou grupo etário) i, e
representa a estimativa da população residente, para a região r, sexo s e idade (ou grupo etário) i.
Taxa de incidência padronizada para a idade (método directo)
A idade é um marcador de risco para a incidência. Por este motivo, a probabilidade de adoecer varia com a idade, pelo que não deverão ser utilizadas taxas brutas de incidência para comparar o risco de adoecer entre populações com estruturas etárias diferentes. O método a utilizar para efectuar esta comparação deverá anular o efeito dos factores interferentes com o fenómeno, nomeadamente a idade e que têm uma distribuição diferente nas populações em comparação e para os quais temos informação disponível. Assim, para compararmos através de um valor único que caracterize cada região e elimine o efeito da ”idade” das suas populações deverá utilizar-se a taxa de incidência padronizada para a idade
obtida pela seguinte fórmula:

onde
representa o número total de efectivos da população padrão e
representa o número de novos casos diagnosticados com a doença d que se esperaria encontrar na população padrão, se esta estivesse submetida às taxas de incidência específicas da população por região r, sexo s e idade (ou grupo etário) i. Realce-se que a taxa de incidência padronizada, não reflecte o verdadeiro risco das populações analisadas, uma vez que utiliza uma população que não é real.
Taxa de mortalidade
é uma estimativa da proporção de pessoas (de um país, região, localidade, comunidade) que morre no decurso de um período de tempo específico (geralmente um ano civil). O numerador, O, compreende o número total de óbitos nesse período de tempo, na população em estudo, enquanto que o denominador é uma estimativa da população em risco, POP, calculada para o período de tempo em estudo.
Taxa de mortalidade específica
é uma estimativa da proporção de pessoas (de um país, região, localidade, comunidade) por idade ou grupos de idades, que morrem no decurso de um período de tempo específico (geralmente um ano civil).
Taxa de mortalidade padronizada para a idade (método directo)
A idade é um marcador de risco para mortalidade. Por este motivo, a probabilidade de morrer aumenta fortemente com a idade, pelo que não deverão ser utilizadas taxas brutas de mortalidade para comparar o risco de morrer entre populações com estruturas etárias diferentes. O método a utilizar para efectuar esta comparação deverá anular o efeito dos factores que interferem com o fenómeno, nomeadamente a idade e que têm uma distribuição diferente nas populações em comparação e para os quais temos informação disponível.
Taxa de sobrevivência acumulada
representa a proporção de pessoas, de um grupo específico (por exemplo, pessoas com uma dada doença), viva no começo de um intervalo de tempo e que sobrevive até ao termo desse intervalo. Pode ser estudada por métodos correntes ou por tabelas de vida/sobrevivência de coortes.